segunda-feira, 17 de junho de 2013

Carta de um brasileiro de verdade.



  Lealdade em todos os níveis, em todos os sentidos...

   Aquele que não conheceu este sentido de lealdade, de família e volta-se ao crime, a marginalidade, na grande maioria dos casos ( esmagadora maioria), abraça esta máxima como verdadeira de maneira arraigada, e a utiliza como desculpa para liberar seus instintos mais primitivos.
   A família começa a desestruturar-se pela mudança na realidade social e econômica, pela falta de lealdade do governo para com seu povo, por falta de planejamento, de informação.
   O estado falido abandona seu povo nas duas extremidades, desde seu nascimento, até sua morte prematura ou não, causada pela própria violência, fomentada por um estado omisso em sua legislação, que afaga o marginal e açoita o cidadão que trabalha, para que este mantenha a economia girando à seu favor.
Vivemos uma realidade escravocrata, uma ditadura velada de censuras desmedidas, e demonstrações de grandiosidade as custas de quem trabalha, de quem gera empregos, e que em contrapartida recebe um tapa nas costas por não ter feito mais do que a sua obrigação, pagar impostos.
   O Brasil tornou-se um país de aparências, que gera individualidade por não valorizar o coletivo, são governos que dividem para controlar, e que sentem-se ameaçados quando do silêncio surgem questionamentos plausíveis, perguntas que geram desconforto, não político, mas moral.
   O estado que não gera oportunidades, que gera mais ônus do que recebíveis em todos os níveis, destrói por insatisfação, stress e desagregação, o núcleo que deveria ser preservado como a base de tudo, a família.       Problemas econômicos afetam esta base, e geram toda a sorte de infortúnios possível á partir daí, em um efeito cascata que só vemos piorar dia a dia.
   Só com mudanças profundas, só com uma bela limpeza e reestruturação tributária será possível pleitear mudanças.
  São inúmeros impostos e taxas, todos acharcantes e extorsivos,e devido à sua grande quantidade, é praticamente impossível controlar seus rumos, são as inúmeras "tetas fartas", que sustentam a nababesca vida de uns poucos czares que chegam ao poder.
   Não devemos nos preocupar com os vinte centavos, mas sim com todos os centavos que não são direcionados a saúde,a educação, a segurança, mas que são doados, sim doados, a países tidos como... "amigos" ( de quem) e que nada tem a oferecer em troca.
   Não geramos frentes de trabalho, geramos miseráveis que vivem de bolsas... de um "esmolismo" que gera mais dividendos políticos do que a geração de trabalho.
  Não aceitemos a busca e a reivindicação por modelos falidos e autoritários, muros caíram, cortinas de ferro enferrujaram, o mundo mudou e a mentalidade política deveria acompanhar esta mudança, mas por enquanto acompanhou somente a cotação da bolsa. E uns acompanham a bolsa de valores e outros quebram agências bancárias pelo valor de sua bolsa esmola, para que possam comprar calças de grife para as crianças.
    É a inversão de valores.
   E agora Copa das Confederações, em breve Carnaval de novo e Copa do Mundo... é a reedição medíocre do "pão e circo" para o povo, mas em modelo atualizado e mais eficiente à meu ver, diria até... globalizado. ( ao menos algo evoluiu, ainda que seja a picaretagem política)
   Eu estou farto... e vocês?


  O grande problema à meu ver agora, é a organização, a mobilização mas com um roll de reivindicações mais abrangente, mais realista.
   O povo brasileiro não aguenta mais este circo, como levar à sério um governo que multiplicou por dez os equívocos dos governos anteriores?
    Sim, equívocos, todos cometeram erros, mas nunca numa proporção tão assustadora, nunca de maneira tão vil, tão descarada, ou seja tudo o que eles queriam era sentar no trono, e cuidar do cofre, vamos ver aonde vai parar isso. 
   Na próxima paralisação ( espero que realmente ocorra uma) que as reivindicações sejam mais enfáticas, mais bem delimitadas,e que as bandeiras de partidos não façam parte, enquanto não deixarem estes sangue sugas de fora, não vejo um ideal claro, limpo nem tampouco... digno de confiança.
     É o palanque eleitoral montado nas costas dos jovens, para os espertos da política garantirem sua promoção pessoal.
      Sem uma visão crítica real, sem uma análise de estratégia política, muitos certamente acreditarão que os problemas começam a se resolver agora. (inocência)
      E muitos dirão, " a polícia resolveu não encarar porque viram que não dariam conta disso", mas estratégicamente falando eu digo que... " observar, identificar, caminhar entre eles, ver, ouvir...e deixá-los caminhando pela cidade, deixá-los à vontade enfatizando que confiam nas boas intenções deles, é uma tática, é um cavalo de Tróia." ( dissimulação e mascaramento) 
      Mas vamos aguardar... para ver se não é são apenas o pão e circo.

      Eu espero que não.

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