Não, o governo não está preocupado com a sua saúde bucal, aliás quanto menos abrir a boca... melhor.
Em terra de cego quem tem olho é rei... e em terra de banguela quem tem dente é político.
Explico...
...quem tem olho é rei, porque leva o que ninguém vê,e quem tem dente é politico, afinal o povo gosta de quem sorri mais pra ele.
Mas voltando ao "fio dental" para o povo, estamos as vésperas de mais um carnaval, o show de corpos seminus nas telas, os samba enredo como sempre elogiando uns, amaldiçoando outros, ou satirizando nossa situação sócio econômica, ou seja milhões de palhaços cantando a própria desgraça.
E dá-lhe fio dental... uma verdadeira lavagem cerebral no povo, o brilho das fantasias, os carros alegóricos, todo o barulho dos trios... mas enquanto isso tudo ocorre, orquestrado por uma das mãos do governo com seu apoio a esta manifestação cultural, o que faz a outra mão?
Interessante isso não?
E no rebolado das passistas, na hipnose do fio dental... quem realmente dança é o povo.
Como é possível esquecer todos os problemas durante quatro dias?
Jamais irei compreender esta cultura do "depois eu vejo o que é", quando chega o carnaval. O povo brasileiro está acomodado demais, passivo, permissivo, e com isso acaba compactuando com a manutenção de nossa realidade política.
Ou seja, a vergonhosa manutenção das tetas desta farta vaca chamada estado.
Mas como tudo aqui acaba em samba... quem sabe um dia uma marchinha não seja capaz de fazer o povo refletir, quem sabe um bloco não apareça para reivindicar direitos? Ou ate mesmo um trio surja no horizonte da esplanada, trazendo milhares em seu encalço, mas ao invés de abadás, e de alegria, indignação e cobrança.
Mais fácil criar uma letra de samba ou um tema de escola do grupo especial, algo do tipo... " SE ROUBAR FOSSE PECADO EU NÃO SERIA EMPOSSADO "... e por aí vai.
E o povo ansioso pelo fio dental... acompanhado pelo nosso enxaguatório mental ( com muito alcool).
Vergonha.
Eles ( os corruptos ) não deixam para amanhã se eles podem te lesar hoje... pense nisso.
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