sexta-feira, 2 de agosto de 2013

BRASIL... DE TODOS OS SANTOS, GIGANTE POR NATUREZA.

      Brasil de todos os santos... de todos os cantos, da malemolência, da negligência, da indulgência, da competência na incompetência, da inobservância na referência.

          País da elástica... paciência.

         Moro num país tropical, abençoado por todos os deuses, santos, orixás, um país que acolhe à todos sem distinção, um sonho sul americano, tem oportunidades e dificuldades na mesma proporção, e na teoria de Darwin, acaba assim provocando uma evolução.
      Um povo que evolui na maneira de sobreviver, de viver, de aguardar cada novo amanhecer. Temos dificuldades, entreveros políticos e sociais, não somos o berço da corrupção, esta que acreditamos vir de outros carnavais, talvez assim o seja, mas com certeza... é anterior aos medievais carnavais de Veneza.

      Um país de todos os ritmos, de todas as crenças, onde sinagogas e mesquitas convivem lado a lado, e sem as lamentações no muro, um país de disputa entre igrejas, mas que restringe-se ao marketing,  e não ao confronto armado e suicida, extremista como vemos mundo afora.
     Um país com espaço para todos, mas com poucas oportunidades ainda, devido a falta de uma severa e bem feita reforma política, sofremos com a tributação excessiva e dispersiva, que de tantos impostos e taxas vertendo dinheiro, torna impossível sua fiscalização, torna a tarefa de destinar corretamente o dinheiro, em uma obra Hérculea.

       Um povo de todas as cores, de todas as crenças, de étnicas diferenças, que se misturam e criam novos tons, uma paleta de cores da vida, da vida de um povo que apesar dos pesares sabe dividir o mesmo espaço.
       Temos corrupção, violência, uma social carência, uma política de dois lados, que em alguns casos gera uma certa cegueira, uma certa demência.
       Precisamos de saúde, de educação, de segurança... precisamos de confiança, aquela à muito abalada, a falta de fé que torna  mais fácil o surgimento de novas religiões, que precisam de linguagem nova, mais adaptada.

        Vivemos em uma terra abençoada, onde ao menos 3/4 de nossa area continental é totalmente fértil, aproveitável, temos em nossas mãos o pulmão do mundo, a maior floresta topical que há.
       Temos agua, temos mata, temos vida nas mãos, e ainda que alguns tentem acabar com esta riqueza natural, temos muito a oferecer e a aprender com o que temos.

       É um país de dimensões continentais generosas, capaz de abrigar dentro de suas divisas toda a poderosa comunidade européia, mas aí surge a nossa realidade de total "ingerência".

       Um país com estas dimensões, com um povo que se adapta, que evolui em suas técnicas de sobreviver, e que está relegado a último plano por quem governa, pelos eleitos nos últimos pleitos, aqueles que beijaram crianças, abraçaram pessoas na rua, distribuiram olhares comovidos com as dificuldades da população... que demonstraram indignação com o descaso, aquele mesmo cuja continuidade eles garantiram, ao serem empossados após sua eleição.

       Mas algo começa a mudar neste país, que tem tantos sotaques diferentes, mas que começou a erguer sua voz em busca de uma resposta, e não foi um apelo aos céus somente, foi um grito de dor, um grito diferente, é o desabafo daquela gente que antes aceitava o desgoverno geral, mas que quer sim controle, organização, apoio, resultados, que quer verdadeiramente ser ouvido.

       Os governantes esqueceram que de tanto suas mazelas serem cantadas em verso e prosa, o povo submisso e subserviente, aquele mesmo que os elegeu, agora mostra que não vivemos em Caracas, ou Havana... que apesar de atraente para alguns poucos, a maioria percebe que a realidade de uma ilha e sua ideologia, não cabem aqui.
       Não temos uma presidência verdadeiramente engajada, que talvez imagine-se em uma casa rosada e não no planalto central e seu clima seco, seco como o tratamento que é dispensado à população.

        As nossas dimensões continentais devem trazer aspirações de mesma proporção... um querer crescer, além dos limites da razão, mas um crescer patriótico, com orgulho de poder ser reconhecido como membro de uma grande nação, um paraíso sem fronteiras sociais e raciais, um lugar em que a justiça faça dos homens, em suas diferenças, iguais.

        Temos gênios e genialidade, da ciência à música, da política ( ainda que pareça o contrário) as artes, temos cultura, somos na verdade a somatória de tantas raças e realidades, que nosso cotidiano é uma verdadeira Biblioteca da Alexandria... um patrimônio da humanidade.
        E apesar dos pesares... todos bebem desta fonte.

        Então, porquê não levantamos nossas vozes? É tempo sim de reagirmos, de mostrarmos aos nossos algozes, que é finda a era de sombras, de meias verdades, de acertos e obscuras vontades, expressas em emendas, e leis que surgem aos borbotões com seus remédios jurídicos, não para corrigir possíveis erros em relação aos inocentes, mas sim para garantir a continuidade das praticas indecentes de quem legisla para uns poucos, para os poucos eleitos.

        Não temos saúde, não temos mais educação, pois a modernidade da... "progressão continuada"(?), garante apenas que o gado no curral eleitoral, agora tenha certificado, selo de qualidade duvidosa, um pedigree criado para que no futuro, ninguém possa questionar os eleitos quanto a capacidade de compreensão dos eleitores, afinal, se todos tem um diploma nas mãos... são capazes, ou não?

         O "Pão e Circo"... das inúmeras festas, "bolsas" e "auxílios" que o governo oferece, com valores irrisórios, não são um meio de diminuir a pobreza,a falta de dignidade, mas sim um meio de poder contar com uma moeda de troca no momento da eleição.
        Dignidade? Quer isso para o povo? Gere divisas, facilite a criação de empregos, não libere crédito, mas derrube (verdadeiramente) as extorsivas taxas de juros, mercado aquecido gera emprego, e num circulo vicioso todos saem ganhado, e emprego, trabalho... significa dignidade.
        O governo tenta nivelar por baixo as diferenças sociais, achatando as classes para que fiquem próximas, e não criando oportunidades como seria de se esperar... mas sabem o porquê disso?
         Porque...  se esta fosse a relidade, a criação de oportunidades reais, a chance para todos crescerem como membros da sociedade, dependeria de práticas administrativas limpas, de uma lisura que só existe em livros, na teoria,  impossível? Não... mas com o cenário político atual, e com os que aí estão perpetrados em seus cargos... é inviável.

        Vamos lutar, vamos erguer nossas vozes em conjunto, vamos buscar as soluções, vamos identificar os inimigos de nossa nação, e vamos enfrentá-los, somos muitos, somos fortes, somos brasileiros, o povo mais adaptável e adaptado as diferentes realidades. 
        
        Eu... aguardo que todos aqueles que juraram defender nossa nação de inimigos internos e externos, saiam de seus postos, venham as ruas, e acompanhem a marcha de nossa população que quer um basta!

        Que a ordem seja retomada, que as mazelas sejam expostas, que a evolução administrativa para criar um potência econômica com chances para todos, seja uma meta,e não uma promessa.
        Que ao chegarem lá... observem os preceitos básicos da boa e efetiva administração, e que transformem este país em uma grande empresa, com seus milhões de associados, vivendo um sonho... o sonho brasileiro do país tropical, abeçoado por todos os deuses e crenças,e bonito por natureza.

         Gerência de metas, gerência tupinquim de eficiência, a gerência... "arroz com feijão", uma gigantesca empresa cujos dividendos serão saude, educação e segurança.

          Mas no atual cenário... só existe uma maneira de tornar isto realidade.

          Saiam de seus postos...  e evoluídos na maneira de pensar, tragam a modernidade de uma administração realista e contemporânea, com a ordem e a organização que são inerentes à sua formação.

             Brasil... só isso.